Há várias formas de fraudar os resultados: por
exemplo, é possível um comando que a cada três votos, um seja desviado para um
determinado candidato mesmo que o eleitor tenha teclado o numero de outro. Urnas
eletrônicas foram inspecionadas por especialistas em informática na Europa, que
concluíram que é impossível saber se os resultados fornecidos correspondem às
escolhas feitas. Resumindo, as urnas são inseguras e vulneráveis.
Por que países como Estados Unidos, Japão, Alemanha,
França e dezenas de outros de Primeiro Mundo se recusam a usar as urnas
eletrônicas? Será que eles não possuem tecnologia? Para eles o motivo é claro:
as urnas eletrônicas não são seguras e não estão a serviço da democracia verdadeira.
Enquanto Holanda e Alemanha consideram “criminosas”
as urnas que utilizamos no Brasil, aqui alardeamos que conseguimos os
resultados poucas horas após o pleito. Os poucos com coragem para expor essa situação
vergonhosa sumiram ou foram assassinados, segundo o deputado Federal Fernando Chiarelli,
do PDT, que afirmou ter recebido ameaças de morte desde que começou em 2013 a
denunciar fraudes nas urnas brasileiras.
Devido à impossibilidade de auditoria na gravação dos
resultados dos votos, as urnas foram rejeitadas em mais de 50 países sérios e
declarada inconstitucionais em alguns. Em dezembro de 2012, um jovem hacker
conhecido como “Rangel” mostrou para mais de 100 pessoas na Sociedade dos
Engenheiros, no Rio de Janeiro, como interceptou os dados do sistema intranet
da Justiça Eleitoral e modificou os resultados sem. ser detectado. Na época, um
crime grave foi denunciado, mas nada foi feito. Logo depois, o hacker sumiu de
cena e a mídia nunca mais falou sobre o assunto.
Também tivemos o caso de alunos da Universidade de Brasília
que violou as urnas em uma série de testes, mas o então ministro Ricardo Lewandowski
(lembra-se dele no mensalão?) se apressou em dizer que em uma situação real
isso seria impossível. O fato é o seguinte: as maquinas são burras e os homens
no poder sabem disso. Também sabem que vão fazerem o que quiserem. Acredito que
as questões e dúvidas levantadas em outros países deveriam passar por amplo
debate público, mas os grandes meios de comunicação não tocam no assunto. O governo
prefere o discurso ridículo que exportamos tecnologia e democracia.
(a) Célio Pezza é escritor, colunista
de sites e jornais e autor de sete livros
http://facebook.com.br/celio.pezza
(a) Célio Pezza é escritor, colunista
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