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11 de outubro de 2013

>Lição de honestidade

Pai de assaltante procuram vitimas para devolver dinheiro roubado pelo filho no interior de São Paulo.

Homem procurou um posto de combustíveis e uma farmácia para arcar com os prejuízos dos roubos.

O auxiliar de pedreiro, Dorivaldo Porfírio de Lima, não tem carteira assinada e recebe pouco mais de um salário mínimo por mês. Mesmo assim, procurou as vitimas dos assaltos praticados pelo filho para ressarci-los dos prejuízos.

Assinou notas promissórias e vai pagar em 10 parcelas parte dos 1,5 mil, roubados pelo filho, de um posto de combustível e de uma farmácia da cidade de Jales, no interior de São Paulo. A história sensibilizou os moradores da cidade, que estão ajudando o auxiliar a pagar os prejuízos.

- Quando recebi a visita dele, dizendo que queria pagar os prejuízos do roubo, fiquei surpreso, quase caí de costas. Afinal, não é dá para acreditar numa coisa dessas. Hoje em dia até quem tem divida já não paga, imagine alguém pagar pelos outros – comentou o comerciante Pedro Paulo Santana, dono do autoposto Espacial, assaltado na madrugada de terça-feira.

As câmeras do posto filmaram quando dois rapazes armados renderam o frentista e limparam o caixa da loja de conveniência após ameaçar uma funcionaria do estabelecimento. Um dos assaltantes é o filho de 18 anos de Dorivaldo. A dupla foi presa no dia seguinte e confessaram os dois roubos.

Na quarta-feira, ao saber da prisão, Dorivaldo começou a procurar os comerciantes para ressarci-los dos prejuízos. Foi por dois dias seguidos procurara o dono do posto.

- Ninguém deve ficar no prejuízo de ninguém. Por isso, decidi procurar os donos do posto e da farmácia para tentar consertar essa situação. E também vou acertar o celular da moça que eles roubaram – contou.

Na quinta-feira, ao encontrar Santana, o auxiliar fez um acordo. Como não tinha dinheiro para pagar a vista, dividiu os R$ 900 roubados no posto em 10 parcelas de R$ 90 cada uma.

Honestidade assusta

Dorivaldo também procurou a farmácia Silva Drogas, no centro da cidade, roubada na manhã de domingo.

- Quando ele se apresentou como pai de um dos ladrões, levei um susto e fiquei mais assustado ainda quando ele me disse que queria pagar o prejuízo do filho – conta João Durval Passari, dono da farmácia. Lá, Dorivaldo conseguiu um desconto, mas não foi preciso pagar.

- Como eram dois ladrões, aceitei parcelar só metade dos R$ 600 roubados, mas hoje (sexta-feira), quando algumas pessoas da cidade souberam da história dele, vieram aqui e pagaram os R$ 300 – afirmou Passari.

- O pessoal da cidade ficou muito sensibilizado e decidiu ajuda-lo. E não é por menos, porque uma história dessas a gente não vê acontecer todo dia – completou o dono da farmácia.

Outro que se surpreendeu com o caso foi o delegado Sebastião Biasi, que atendeu a ocorrência.

- Em 20 anos de profissão, nunca vi uma situação dessas – contou.

Segundo Biasi, o filho do auxiliar de pedreiro, bruno de Souza Lima, de 18 anos, confessou os roubos. Ele era primário, foi a primeira passagem dele. Ele é usuário de drogas – disse o delegado. Apesar da prisão, Dorivaldo diz acreditar na recuperação do filho, que pela primeira vez praticou assalto.

- Ele se perdeu nas drogas, que falaram mais alto na cabeça dele. Eu acredito que ele vai se recuperar. Ele, saindo da cadeia vai trabalhar para me pagar o que paguei para as vitimas, pois ele é um rapaz trabalhador, batalhador. Ele não precisa disso, só aconteceu porque as drogas falaram mais alto. Tenho certeza disso – afirmou o pai.
Fonte: O Estadão

7 de outubro de 2013

>Os encantos da primavera

Imagem/J Araújo
Os ipês, principalmente, rosa nesta época do ano se destacam dentre as demais árvores nas ruas e avenidas arborizadas das cidades. Esta aí da foto é a Avenida Manoel Dias da Silva na Vila Industrial em Campinas - SP, onde o chão virou um verdadeiro tapete de flores. Em minhas andanças gosto de registrar estas cenas e compartilhar com o maior número de pessoas possíveis. 

Cada um, geralmente, tem um hobby, eu digo que tenho vários, e a fotografia é um deles. Gosto de registrar momentos em fotos e  quando possível em vídeos, cenas que são momentos únicos e jamais se repetirão. A natureza tenta de todas as formas se recompor mesmo diante da fúria do homem que insiste em destruí-la, em troca nos brinda com toda essa beleza de cenário nessa selva de pedra em que vivemos que são as grandes metrópoles.

(a) J Araújo

4 de outubro de 2013

>Morte na Unicamp

Imagem web
A UNICAMP (universidade Estadual de Campinas) está na mídia nos últimos dias devido à morte covarde do estudante Denis Papa Casagrande, por um grupo de punks em uma festa dentro do campus da universidade. A autora confessa da facada que matou o jovem, Maria Tereza Peregrino e, seu namorado, Anderson Marcelino Ferreira Mamede estão presos. Os mesmos não eram estudantes da universidade.  A instituição, em principio, dizia desconhecer a realização de tal festa, mas, depois da repercussão do caso acabou reconhecendo, porém, querendo se eximir de responsabilidade.


Depois de alguns dias solicitou a presença mais constante da polícia militar para reforçar a segurança da comunidade acadêmica. Diante disso, a comunidade está divida, existem os que apoiam e os que são contra a presença da polícia fazendo rondas ostensivas. Quando ocorrem os crimes, inclusive de roubos e furtos sempre existe reclamação pela falta de segurança. 

Enquanto isso, a população de bem de maneira geral gostaria de ter a presença da polícia, enquanto os estudantes quer distância da mesma.  

Será por quê? Que eu saiba, todas as pessoas que não tem nada a esconder se sentiria mais seguras com a polícia por perto. Diante disso, um grupo de baderneiros mascarados, que estudam de graça, à custa dos impostos que pagamos, resolveu invadir a reitoria e começar um quebra-quebra, destruindo o patrimônio público  pago com o meu, com o seu, com o nosso dinheiro. Fato parecido aconteceu na USP em novembro de 2011, quando estudantes invadiram o campus daquela universidade na capital paulista, também por um fato parecido, um estudante havia sido morto. Eles (estudantes) têm medo de que?  
(a) J Araújo 

16 de setembro de 2013

>Tenho minhas dúvidas com referência a justiça não enxergar

(Atualização 18/09/2013) 
O que os brasileiros temiam aconteceu, o ministro do STF, (Supremo Tribunal Federal), Celso de Mello, votou mesmo a favor dos mensaleiros, que aguardavam ansiosos pelo resultado, agora fica mais fácil se livrar da cadeia, se é que iam mesmo pra lá.   Não sou advogado, por isso não me cabe aqui discutir a legalidade ou não dessa ou daquela medida.  

Aqui vou apenas expressar a opinião de um cidadão pagador de impostos como milhares de brasileiros e não temos um serviço público de qualidade, salvo raras exceções, o Poupa-Tempo, do governo paulista é um exemplo e também acho que é o único se eu não estiver enganado.  Com meu fraco conhecimento das leis, achava que a decisão da Suprema Corte, era algo indiscutível, que ali era dada a palavra final diante de qualquer decisão jurídica.

Sabe aquela imagem que vemos de uma senhora de olhos vendados que representa a justiça? Tenho minhas duvidas com referencia a mesma não enxergar. Por que a mesma só consegue mandar pra cadeia a maioria das pessoas pobres, negros e outras minorias menos favorecidas? Acho que aquela venda não está funcionando como deveria. 

Acredito que está na hora de trocar e colocar uma cega de verdade. Porque aquela está enxergando através do pano. Afinal de contas um caipira não é dado o conhecimento dos meandros do poder, principalmente, o Poder Judiciário que é o lugar onde esperamos que a justiça seja feita. Mas, descobri que a coisa não é bem assim quando se trata de políticos no banco dos réus, pelo que podemos ver é o maximo aonde eles chegam. Pra fugir a regra, tem um atrás das grades, Natan Donadon, com o pomposo titulo de deputado federal.

Agora existe uma grande expectativa dos brasileiros, ate mesmo de outros países para o voto do ministro Celso de Mello, é que o voto do mesmo que deve ocorrer na seção da próxima quarta-feira (18/09), pode dar outro rumo ao processo que ficou conhecido em todo Brasil como “mensalão”, um dos maiores escândalos políticos da recente história democrática ocorrido no primeiro mandato do governo Luiz Inácio Lula da Silva. 

Dependendo do voto do ministro para o desempate já que o resultado foi de 5 x 5, se favorável, 12 dos 25 mensaleiros condenados no processo terão direito a um novo julgamento, é o tal do embargo infringente. O ministro em questão pode entrar para a história como o homem que “melou o processo” e colocar o STF (Supremo Tribunal Federal), como apenas mais um lugar que não respeita a vontade e o anseio do povo. Isto é, mais uma válvula de escape para a famosa impunidade. Ah, quem faz as leis? Os políticos!

(a) J Araújo

13 de setembro de 2013

O inferno é aqui

                                            Imagem histórica
Acabei de ler o livro reportagem, “Holocausto Brasileiro”, da jornalista Daniela Arbex. A publicação conta com detalhes o que se passava no complexo psiquiátrico, um dos maiores do Brasil, uma construção do inicio do Século XX, na cidade de Barbacena, conhecida como Colônia, localizada na Zona da Mata mineira. Eu, particularmente, conhecia alguns relatos da historia do lugar desde criança. Porém, a autora conta com riqueza de detalhes, com fotos de arquivos, depoimentos de sobrevivente e de pessoas que de alguma forma conviveram com o drama daquela gente esquecida pela sociedade.  

Uns poucos deles, hoje ainda vivem em casas de apoio onde recebe a devida atenção e respeito que tiveram quando hospitalizado. Mesmo sendo vítima de um modelo ultrapassado de "tratamento" alguns resistiram. Do lado de fora, poucos se sabia o que acontecia atrás dos muros daquela instituição centenária acontecimentos que abrigava gente, muitas vezes colocadas ali à força que ficava sobre a tutela do estado. 


Lembro mesmo morando distante a fama do hospício, que corria longe, com suas historias macabras. A maioria das pessoas que iam, ou melhor, eram levadas pra lá, a maioria não retornava.  Nos dias atuais existem, ainda, alguns pacientes sobreviventes que, mesmo passando por toda sorte de maus tratos, pra não dizer torturas, são testemunhas vivas de uma triste pagina da história de um dos maiores e mais famosos manicômios brasileiros. 

Se quiséssemos amedrontar alguém bastava citar o nome da cidade de Barbacena, que passou a ser sinônimo de loucura.  De lá saia cargas de corpos para ser vendidos como se fosse a coisa mais natural do mundo. As pessoas tinham medo o manicômio também era conhecido como o inferno na terra. Tem uma entrevista da mesma ao programa provocações da Tv Cultura.

(a) J Araújo

7 de setembro de 2013

>O tempo e as lembranças

O tempo passa e as lembranças da infância ficam em nossa memória e de vez em quando aparece como lampejos de saudade de um tempo que ficou em um passado distante, mas bem perto do coração. Vivíamos sem nenhuma uma tecnologia, não tínhamos radio, se eu quisesse ouvir um ia pra casa do vizinho, não que não pudéssemos comprar, meus pais achava que era coisa de primeira necessidade, mesmo assim éramos felizes. 

Estou expressando no plural, por que não estou referido somente a mim, também aos amigos, na verdade, a maioria deles já partiu. Não tínhamos ilusões, não tínhamos maldade, vivíamos isolados como uma tribo desconhecida no meio de um mar de montanhas e cachoeiras, nosso mundo se resumia a até onde a vista alcançava. Por mais que esforçássemos não acreditávamos na maioria das coisas que ouvíamos através das poucas informações que nos chegavam..  

Somente vendo para acreditar, e como nossa vida era limitada de conhecimentos... isso bastava pra nós! Hoje, infelizmente, vivemos uma realidade totalmente diferente, a violência está batendo na porta, isto é, quando não está dentro de casa. Abrimos os jornais, as revistas, ligamos a TV e lá está o noticiário nos bombardeando com informações sobre violência. Dificilmente temos uma noticia que nos traga alguma coisa de positivo.  A novela que antes tinha sua simplicidade hoje retrata as tendências do momento, homossexualismo, traição, e tudo que a maioria do povo vive na vida real. Você já parou pra pensar nisso?

(a) J Araújo

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